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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Quem disse que a tecnologia é inimiga?

Bem sabemos que toda nossa discussão a favor da humanização do parto dá a entender que a tecnologia contribuiu muito mais para nos afastar de um parto saudável e extático (sim, de êxtase), mas a verdade é que se olharmos para a tecnologia com olhos de aliada, nos utilizando dela quando ela for necessária, isso sim pode ser um avanço. Salvar vidas quando elas estão em perigo é um avanço. Deixar de parir como a natureza nos deu o dom de parir, num ambiente calmo e sereno, sob o carinho e acolhida da família, para parir em um ambiente cheio de "máquinas que fazem bing!", sem saber direito o que está acontecendo submetendo nosso corpo e de nosso bebê assustado a uma série de procedimentos nada necessários sob protocolos que não lhe servem é que, pra mim, é um retrocesso.

Mas existem aquelas tecnologias desnecessárias, mas que podem ajudar um bocado sem fazer mal. Foi o caso do programinha que me ajudou a engravidar, chamado Menstruation and Ovulation Pro, que baixei pro Blackberry. Não foi de graça, e é TOTALMENTE desnecessário, pois ele funciona como uma tabelinha que calcula seu período fértil pra você, e isso, quem quiser, pode fazer sozinha com ajuda de lápis e papel e umas continhas matemáticas, mas me ajudou a rastrear meu ciclo e saber exatamente o dia em que eu engravidei. Ele foi feito mais pra quem quer evitar a gravidez, mas no meu caso funcionou pro contrário. E além disso, você pode fazer anotações nos dias, podendo anotar os dias das relações, e assim, depois saber quando concebeu. Interessante, não? Não interfere no processo, mas me permitiu acompanhar o andamento das coisas, assim, eu soube que estava grávida com 3 semaninhas só!

Então, povo, vamos usar a tecnologia em nosso favor, e não sermos usados em favor da tecnologia. Ficadica.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Cartilha da mãe trabalhadora que amamenta

Uma mamãe da lista do Ishtar mandou isso para todas e eu achei super de utilidade pública a Cartilha da Mãe Trabalhadora que Amamenta.  Enjoy!

Comunicando a eliminação/Fraldas ecológicas

Desde antes de decidirmos tentar engravidar, Derick (meu marido) e eu já haviamos combinado o uso das fraldas ecológicas em detrimento às fraldas descartáveis. Estima-se que cada pessoa que opta pelo que nós estamos optando deixe de jogar no meio ambiente cerca de  6000 fraldas descartáveis que demoram até 450 anos para se deteriorar. Se assustou? Imagine essa quantia multiplicada pela quantidades de bebê do mundo há tantos anos quanto existem fraldas descartáveis... Hediondo, chega a ser um crime contra a natureza.
Essa semana encomendei nossas primeiras 10 fraldas no site Babyslings do modelo tradicional AIO (do inglês "all in one" ou "tudo em um"). Vamos ver de curtimos. Como ainda está bem cedinho, tem como a gente ir comprando umas, depois outras... e não pesar. No encontro Ishtar vimos vários bebês ecológicos com suas fraldinhas de pano. AMAMOS! Perguntei pra uma mãe sobre a fraldinha que ela recomendava e, apesar do bebê dela estar usando uma Fralda Bonita (essa que vende na Babyslings), ela recomendou também a Fralda Madrinha. Além do nome ser maneiríssimo, me apaixonei pelos artigos no site. E mais ainda quando li que a coordenadora do blog/loja mesmo fazendo e vendendo fraldas, é adepta da comunicação da eliminação (elimination comunication), uma técnica que utilizdaa para dispensar o uso da fralda, educando o bebê e a mãe, mesmo nos primeiros meses de vida deste, a estabelecer uma comunicação visando comunicar/entender quando o bebê precisa eliminar suas fezes e xixi para que a mãe o atenda prontamente e o leve para fazê-lo no lugar correto ao invés de na fralda. Claro que o bebê faz muito cocô e xixi na fralda e/ou no chão/calcinha/cueca pelo menos nos 2 primeiros anos, mas dizem que o uso da fralda se reduz drasticamente e a comunicação que se estabelece entre os pais e a criança é uma coisa muito gratificante, pois para que isso aconteça, é preciso prestar muita atenção em seu filho e o entender, decifrar. Basicamente a técnica consiste nos pais prestarem muita atenção na rotina de eliminação do bebê e seus trejeitos quando está eliminando, sons, movimentos, expressões para que o quanto antes você possa se antecipar, vocalizando algo quando ele está a eliminar, como por exemplo a palavra "cocô!", "xixi!" ou um som de água caindo para que o bebê associe aquilo à sua vocalização. Futuramente ele não só dirá a você quando quer ir ao banheiro, mas você também poderá dizer a ele quando deve tentar eliminar, como por exemplo na parada de uma viagem, antes de dormir para ter uma noite sequinha ou antes de sair de casa para um passeio. Interessante, não? Eu já conhecia, mas fiquei mais afim de pesquisar. Então, ficadica pras mamães.

Encontro Ishtar 23/01/11

Hoje foi dia de encontro do Grupo de Gestantes Pró Parto Humanizado Ishtar. O segundo do qual participo. Parece que foi ainda melhor que o primeiro. O tema foi o atendimento ao parto e a sempre linda Ingrid gravidona e falante orquestrou para que as mamães dessem seus "breves" relatos de parto focando no atendimento, divididas pelos médicos pelos quais foram atendidas. Claro que as informações foram muitas e por isso foi normal que rolasse um atrasinho, mas... nossa! Quanta informação útil! Eu, por exemplo, acabei perguntando uma dúvida que eu tinha em relação ao parto com parteiras e se era possível de rolar algum conflito de interesse entre ela e o médico e aprendi que quando se opta pela parteira, ela é quem faz seu pré-natal e o médico apenas acompanha com algumas consultas; e geralemente esse médico já deve trabalhar com a parteira. É uma equipe na verdade. No caso de uma intercorrência durante o trabalho de parto, a parteira aciona esse médico. Interessante, minhas opções ainda estão abertas. Mas o mais legal é que dos primeiros andares da minha gestação, estar buscando essas informações já agora é um alívio. Saber que tenho tanto tempo para fazer essas escolhas e me informar, me preparar. Penso nas mamães que sequer sabem que existe parto dito humanizado e no alto de suas trinta e poucas semanas são atropeladas pela realidade de ter que procurar "alguém mais humanizado" para fugir de uma estranha indicação de cesária.
Também conheci a gracinha da Gisele Muniz, que foi a primeira pessoa com quem fiz contato em minha busca por informações sobre parto humanizado e o trabalho das doulas no RJ, mesmo antes de saber que estava grávida. Ela foi um docinho, disse que se eu quisesse, ela iria lá em casa e me instruiria em minhas dúvidas mesmo ainda sendo uma tentante. Preferi esperar. Bem, a hora chegou e eu já me inscrevi em um curso organizado por ela. gostei muito de tê-la encontrado lá. No primeiro encontro eu fiquei mais quietinha, afinal, eu sou a grávida do girino da história. Tenho mesmo é que ficar quietinha. É que nem cabo dar pitaco em reunião de capitão. Eu e minha barriga de 8 semanas tagarelando no meio de várias barrigudas e paridas com louvor... imagine. Mas dessa vez eu já fiquei abusadinha e fiz pergunta, me meti, falei da minha consulta. Sou muito abusada mesmo. Enfim, a Gisele escreve um blog que eu recomendo nos links até, o Mar de Mães. Se você ler, vai ver porque adorei o contato com ela, pois o jeitinho dela escrever já mostra como ela encara o trabalho que faz.
No final do encontro, a Vitória Pamplona fez uma demonstração visual de como é o trabalho de parto, o quie acontece com o bebe no canal de parto, vagina e como se comporta o colo do útero e o que é o rebordo. Eu fui voluntária para demonstrar e precisava de mais uma pessoa, e o Derick (meu marido) se ofereceu. Eu não esperava por isso. Amei, porque mais uma vez eu vi que ele comprou essa luta comigo mesmo. Pra quem um dia já achou meio inseguro e estranho essa coisa de parto normal, hoje em dia se oferecer para demonstrar como é um trabalho de parto e defender o parto em casa com argumentos plausíveis e seguros é um longo caminho. Falou a orgulhosa do maridão! Amo muito esse Vido.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A natureza sempre fala

Tenho experimentado uma sensação curiosa de que a natureza sempre fala mais alto na mulher, principalmente num momento de praparação para uma passagem importante da vida que é ser mãe. A gente vive num país onde a cultura nos ensina que a cesária é melhor, mais segura, menos dolorosa, e com menos risco. Não é verdade, quem se informa e vai contra a correnteza sabe que a cesárea precisa ter uma indicação, que é uma cirurgia de grande porte que oferece riscos sim e deve ser uma alternativa muito bem vinda no caso de uma complicação no decorrer do parto, mas a maioria continua acreditando no que os médicos falam, mesmo quando estes vão contra a orientação da Organização Mundial de Saúde e à favor de suas agendas e bolsos. Não é culpa delas. E, mesmo tendo minhas convicções, também não é meu papel ficar "catequisando" ninguém. Mas quando me perguntam como pretendo ter meu/minha filh@, respondo com toda naturalidade: de parto natural e em casa. Deve ter algo no modo sereno e feliz com que transmito essa minha escolha pois o que causa é realmente curioso. De pronto, todos se assustam, e fazem mil perguntas. Normal. Tem aqueles que nem perguntam, vão logo me falando da besteira que eu estou fazendo e me botando terror. Mantenho a calma e em alguns casos, explico que não estou maluca, que minha opção é segura, que estou próxima à Perinatal, que estou acompanhada de um ótimo profissional que apóia minhas decisões e desminto alguns mitos que me alegam, em outros casos, apenas deixo falarem e depois sair pelo outro ouvido. Entretanto, me surpreendo quando essa conversa é com outra gestante que já está com sua cesárea marcadinha. De forma alguma eu falo que ela não deveria fazer cesárea e o quanto uma cesárea eletiva pode ser ruim, nunca! O que eu mais quero é contribuir para a tranquilidade da futura mamãe com suas escolhas, para que isso reflita em seu parto. Mas se elas me perguntam sobre como pretendo ter meu bebê e eu respondo, geralmente elas fazem mil perguntas interessadas, acham o máximo e mesmo dizendo que eu sou "muito corajosa" e que "elas jamais aguentariam", no final sempre me pedem telefone de médico, do grupo de gestantes que frequento, sites que indico e eu tenho a impressão de que sempre saem com vontade de viver o seu parto mais próximo de como a natureza lhes deu ferramentas para fazê-lo. Curto essa sensação. Me faz ter a impressão de que cada mulher ainda reserva dentro de si a sensação de sacralidade dessa condição de criadora que nos equipara à Deusa. Lindas.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Profissionais do Parto Humanizado

Essas informações foram e têm sido muito úteis, uma vez que são poucos os profissionais humanizados no Rio de Janeiro. Essas informações foram tiradas do blog Profissionais do Parto Humanizado no Brasil:

Priscila - Enfermeira Obstétrica,  
Tels: (21) 2481-2436 ou (21) 9817-9728
Email:
enf_prismac@yahoo.com.br


Raquelli Iozzi - Enfermeira Obstétrica
Email: raquelli.iozzi@yahoo.com.br
Tels: (21) 2451-1655 ou (21) 9745-4345


Email: anadoula@gmail.com
Tels: (21) 3852-6753 ou (21) 8859-1432


Marilanda Lima - Enfermeira Obstétrica
Tel: (21) 8161-4125
Email: marilandalima@oi.com.br


Heloisa Lessa - Enfermeira Obstétrica  
Tels: (21) 2232-2445 e (21) 8863-2815
Email: heloisa.lessa@terra.com.br
Obs.: Pré-natal e parto domiciliar


Tel.: (21) 2552-3761 e (21) 9248-7212
Email: claudia.orthof@rehuna.org.br ou claudiaopl@imagelink.com.b
Obs: exclusivamente partos domiciliares, pré-natal fisiológico e assistência pós-parto, especializada em amamentação


Rodrigo Vianna - Obstetra
End.: Rua da Conceição 188/ sala 804 Niterói Shopping - Centro - Niterói
Tel: (21) 2717-6582
Cel: (21) 8112-6799
Obs: Calmo, flexível, paciente, e pode atender partos domiciliares. Também atende em hospital público e tem um grupo de gestantes em Benfica-RJ

End.: Rua Gildásio Amado 55/408, Ed. Centro da Barra - Barra da Tijuca
Tel: (21) 2491-2742
Cel: (21) 9986-0509


Calil Salim Obstetra
End: Av. N. Sra.Copacabana 613/408 - copacabana
Tel: (21) 2286-2134
Cel: (21) 9367-3066
Obs: Foi assistente do Dr. Fernando Estellita Lins


Maria Helena Bastos - Obstetra  
End: Av. das Américas, 1155/402 - Barra da Tijuca
Tel: (21) 2491-2785 / 2439-9257
Cel: (21) 9963-1610
email: melbee@uol.com.br


Marcos Dias - Obstetra
End: Rua Farme de Amoedo, 75/cob 01 - Ipanema
Tel: (21) 2522-0396 / 2522-0384 / 2287-5666
Obs: É médico particular mas atende pelo plano Bradesco Rede Globo.


Lílian May - Obstetra
End: Rua Santa Clara, 70/705 - Copacabana
Tel: (21) 2549-8986
Email: lmsd@domain.com.br


Francisco Vilella - Obstetra
Barra da Tijuca (Cittá América) - Tels: (21) 3803-7843 e 3803-8140
Humaitá - Tels: (21) 2539-1266 e 2286-0380
Email: franciscovillela@gmail.com
Obs: Homepatia. Atende parto domiciliar e na água.


End: Av. Princesa Isabel, 150/ 604 - Leme
Tel: (21)3820-9991 / 2541-0890
Obs: partos naturais e domiciliares


Ingrid Lotfi - Doula e educadora perinatal
Tel: (21) 2453-4368
Cel: (21) 9321-2989
Email: ingrid.lotfi@rehuna.org.br
PS: Serviço inclui atendimento durante a gravidez, parto e pós-parto.
Auxília também com amamentação e cuidados com o bebê.


FadynhaDoula
Tel.: (21) 2205-1570
Site:
www.institutoaurora.com.br

Rosa dos Ventres

Sabe aquelas melodias que você acredita que foram escritas para você? Pois essa foi o Batone que escreveu para mim. Hoje, grávida, pretendo cantar durante meu trabalho de parto...


Rosa dos Ventres
               (Batone)

Na sua cor de flor cuspindo pólen, olhem
tudo ao redor rima com teu vestido
quando só vestes luz
como o tempo que se espera pra nascer
beleza ferina, ferrão de abelha
em pele de fruta depois que garoa
Era licor a boca que ela deu pr’eu provar
Tudo mudou, tudo mudava toda hora
Quis meu fim e eu quis cegar dessa força lunar
Cegar das estrelas, cegar de velas
num canto que atrai os vagalumes
e os que vageiam nus atrás da luz
quando alguém diz :
vem amor, vem amor,
venha morar em mim!


Vagalume vem, vem, teu pai tá aqui, tua mãe também!
Vagalume vem, vem, teu pai tá aqui, tua mãe também!


Ela mudou, toda manhã é outra rota
vira motor, vai rosa moinho por linhas tortas
Rosa luz, rosa dos ventres sem pai, sem país
Roubar dos detentos o sono dos ossos
Rosa sim, rosa dos ventos suspirosos
O meu amor ficou na sua bolsa, ouça
Ela levou e virou madrugada, ladra!


Mais que parir, nascer!

O Blog Giro Sustentável da Gazeta do Povo publicou hoje online um artigo sobre parto. É mais uma (boa) reportagem incentivadora do parto normal e que mostra como a cultura do parto no Brasil coloca mães adeptas do parto natural "nadando contra a maré". Sabemos que parir naturalmente aqui no Brasil é difícil, mas possível. A publicação mostra uma foto de Gisele Bundchen, grávida, que, by the way, pariu em sua banheira de casa, fora do Brasil. Agradecemos Gisele, pois isso ajuda às mães brasileiras a procurar saber mais sobre parto natural. Valeu, Gisele!

O link da reportagem:



Parindo poesia

Tem dias que eu acho que tenho muito assunto para falar. Tem dias que nada me sai. Sempre fui de escrever muito, poesias, letras de música, contos, pensamentos... Escrever é como gerar um filho: você se esforça, coloca todo seu coração, depois pensa em como aquela coisa tão linda saiu de você. No final, ele não é mais seu, é do mundo.

Mas tem muito tempo que não produzo um texto do qual me orgulhe. Creio eu que sempre vi a escrita como uma forma de catarse. E a vida anda muito boa para precisar disso com tanta frequência. Então parei de escrever. Ando muito feliz. Entretanto tenho pensado no que sairia caso me conectasse com essa felicidade plena que venho sentindo e colocado em palavras.

É muito amor que existe em mim hoje. Aos 27 anos eu encontrei um amor que eu não sabia existir e o tempo foi passando e um dia esse amor não coube em dois e virou 3, em semente, dentro de mim. Agora estou grávida de sete semanas. E embora tudo que eu sinta até agora sejam só enjôos, muita coisa em mim já mudou. E a principal delas foi a consciência do meu caráter. Em reflexão, me pergunto se serei uma boa mãe, se saberei ter rotina, dar ao meu filho uma educação digna, ajudarei a desenvolver seu caráter íntegro. E minha sensação ao final de algumas lutas contra meus receios é de que sim, eu serei. Parece que a maternidade me deu confiança. E eu espero que isso se prolongue pela minha vida toda.