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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Ativista mode: ON

Tem tempo que eu não escrevo aqui. Mas está acontecendo algo que vale a pena fazer o blog renascer das cinzas e ferver em todo seu esplendor ativista.

Quando eu escrevia aqui com frequência eu era uma mulher em busca de uma experiência de parto transformadora e linda. Eu não tive o parto que sonhei, mas a experiência definitivamente foi transformadora. eu busquei, me informei, eu vislumbrei. E eu mudei. Não só no âmbito mãe/mulher, mas como cidadã.

Aqui quem vos fala não é mais apenas uma mulher que se transformou em mãe. É uma ativista. Posso me considerar assim, porque o meu sangue ferve quando o assunto é respeito à mulher na hora do parto. Meu filho já tem 2 anos e eu estou nesse meio desde antes de engravidar. Já vi médicos surgindo pra bancar a humanização, parteiras começando a trabalhar, doulas se formando, grupos e blogs se multiplicando, médicos em fim de carreira, grávidas que vêm cheias de dúvidas e se vão mães cheias de poder, outras que, como eu, ficam e lutam para que mais e mais mulheres completem esse ciclo, já vi bebês nascendo, começando a andar, a falar, vi uma, duas barrigas de mesmas mães... Não tenho filiações, não sou doula, nem educadora perinatal, nem parteira, tampouco médica... Mas eu luto. Luto porque acredito. Acredito que TODAS as mulheres têm o direito de viver essa experiência transformadora, da qual hoje é tão difícil sair ilesa por conta da cultura insalubre e do sistema capitalista que suga todas para a indústria do nascimento com tamanha voracidade.

A todas, tenho apenas um conselho: VALE A PENA NADAR CONTRA A MARÉ.


A MARCHA:

Recentemente fomos testemunhas de uma onda de perseguição à estes profissionais e instituições Brasil a fora.:

- Primeiro, o coordenador da Santa Casa de Sorocaba/SP, Bráulio Zorzella vinha sofrendo represálias por estar conseguindo, através do estímulo de condutas baseadas em evidencias científicas, diminuir a taxa de cesarianas em sua instituição (assinem a petição online em apoio à ele:  http://www.peticaopublica.com.br/?pi=07102013) ;

-Depois, por adotar as mesmas condutas, a obstetra paulista Andrea Campos foi descredenciada da Maternidade São Luis, onde realizava um trabalho respeitoso no que toca o protagonismo feminino. Junto com isso, a maternidade também proibiu doulas de entrarem no centro obstétrico;

-Da mesma forma, em Curitiba, a enfermeira obstétrica Adelita Gonzalez foi afastada de sua função na Maternidade Victor Ferreira do Amaral por seguir uma consuta humanizada, contrária às práticas do hospital. Para dar seu apoio à Adelita, assine: http://www.change.org/pt-BR/peti%C3%A7%C3%B5es/carta-de-rep%C3%BAdio-pelo-afastamento-da-enfermeira-obstetra-adelita-gonzalez

-No Rio de Janeiro, a Maternidade Maria Amélia Buarque de Holanda, única maternidade pública na cidade a adotar práticas baseadas em evidências científicas e manter impressionantes 18% de taxas de cesarianas, a mais próxima do preconizado pela OMS, está sendo bombardeada pela mídia sensacionalista, que vem alardeando sobre mortes de bebês na Instituição alegando que as mortes ocorreram porque a Instituição "força o parto normal". Quem consome tais notícias, provavelmente nunca vai saber que essas 4 mortes aconteceram ao longo de todo esse ano, e que mais de 3.000 bebês nasceram somente no primeiro semestre, que uma das mortes á sabido que a mãe chegou à maternidade transferida de outra instituição com o feto já em óbito para uma indução e que nenhuma instituição tem taxas zero de morbidade materno-fetal. Inclusive, estudos comprovam que cesáreas eletivas aumentam a incidência de morte fetal em 2,5 vezes. Mas isso não interessa para quem se beneficia com a cultura cesarista.

E é por isso que amanhã, dia 19 DE OUTUBRO DE 2013, o coletivo MARCHA PELA HUMANIZAÇÃO DO PARTO se ergue novamente em um Ato. Desta vez, em apoio à profissionais e instituições que baseiam suas práticas em evidências científicas e recomendações do Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde.

imagem por Thalita Dol Essinger

Meu coração nesse momento não cabe no peito. O movimento, que teve início ano passado para protestar contra resoluções do CREMERJ (e que foram derrubadas!), se fortaleceu de tal forma que hoje somos 34 (TRINTA E QUATRO!!!) cidades participando. Mais e mais mulheres hoje entendem que tomar as rédeas do seu corpo e parto pode transformar o mundo. Sabemos que as represálias são fortes porque estamos fazendo barulho. Estamos deflagrando um sistema cruel e as mulheres estão cada vez menos caladas e conformadas.

Junte-se à nós amanhã! Abaixo, a lista de cidades com seus eventos do facebook:

Bertioga - (A CONFIRMAR)
Lajeado - (A CONFIRMAR)
Poços de Caldas - (A CONFIRMAR)
Vitória - https://www.facebook.com/events/193254990859547/


Se você não sabe o que humanização ou violência obstétrica e desconhece a cultura de nascimento no Brasil, abaixo estão algumas informações valiosíssimas:







Até amanhã!!!!!

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Carta Oficial de Convocação à MARCHA PELA HUMANIZAÇÃO DO PARTO


"Prezados(as),

Como mulher, cidadã, mãe e gestante, a favor da Humanização da assistência ao parto no Brasil, me sinto indignada com as resoluções do Cremerj publicadas no dia 19 de julho de 2012: a resolução de nº 265/12, que visa punir os médicos cariocas que prestarem assistência a partos domiciliares assim como aqueles que fizerem parte de equipes de retaguarda caso a mulher que opte por um parto domiciliar necessite de remoção a um hospital; e a resolução nº 266/12 que proíbe a participação de “doulas, obstetrizes, parteiras etc” (conforme o texto original) em partos hospitalares.

As resoluções supracitadas, além de ferir o nosso direito de escolha sobre quem nos acompanhará e o local de nascimento de nossos filhos, são opostas ao que recomenda a OMS, o Ministério da Saúde e as mais atualizadas evidências científicas. Assim, estamos organizando uma manifestação em repúdio a essas resoluções, a favor da Humanização do Parto e Nascimento e pela soberania da mulher sobre seus direitos sexuais e reprodutivos.

Convido aos cidadãos e cidadãs e instituições a participarem e apoiarem a MARCHA PELA HUMANIZAÇÃO DO PARTO.

A MARCHA PELA HUMANIZAÇÃO DO PARTO acontecerá no dia 05/08/2012, com concentração às 14 horas na Praia de Ipanema, altura do posto 9.

Mulheres, homens de outros estados sintam-se à vontade para juntarem-se à nós, organizando mobilizações locais, nos moldes da Marcha do Parto em Casa! Esse é o nosso momento, nossa voz está sendo ouvida! Vamos cultivar as Sementes da Humanização por todo o Brasil!

As bandeiras da MARCHA PELA HUMANIZAÇÃO DO PARTO são:

Que a Mulher tenha o direito de escolher como, com quem e onde parir;Pelo cumprimento da Lei 11.108 de abril de 2005. Que a mulher tenha preservado o direito ao acompanhante que ela desejar na sala de Parto;Que a mulher possa ter o direito de acompanhamento de uma Doula em seu trabalho de parto e parto;Que a mulher, sendo gestante de baixo risco, tenha o direito de optar por um parto domiciliar planejado e seguro, com equipe médica em retaguarda caso necessite ou deseje assistência hospitalar durante o Trabalho de Parto;Que a mulher tenha o direito de se movimentar livremente para encontrar as posições mais apropriadas e confortáveis durante seu trabalho de parto e parto;Que a mulher possa ter acesso a métodos naturais de alívio de dor durante o trabalho de parto, que consistem em: massagens, banho quente, compressa, etc;Contra a Violência Obstétrica e intervenções desnecessárias que consistem em: comentários agressivos, direcionamento de puxos, exames de toque, episiotomia, litotomia, etc;Pela fiscalização das altas taxas de cesáreas nas maternidades brasileiras e que as ações cabíveis sejam tomadas no sentido de reduzir essas taxas;Pela Humanização da Assistência aos Recém-Nascidos, contra as intervenções de rotina;Que a mulher que optar pelo parto domiciliar tenha direito ao acompanhamento pediátrico caso deseje ou seja necessário.

Todas as nossas bandeiras são respaldadas por evidências científicas e recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Federação Internacional de Ginecologia e Obstetricia (FIGO), Ministério da Saúde entre outras.

Chegou a hora de darmos um basta à mercantilização do parto e nascimento, não somos rebanho, não somos mercadoria, somos Humanos e temos o direito de receber nossos filhos cercados de amor, paz e, primordialmente, RESPEITO!

Contamos com seu apoio, divulgação e presença!

Maria Antonieta Oliveira

MARCHA PELA HUMANIZAÇÃO DO PARTO

Organizadoras:
Maria Antonieta Oliveira: (21) 8416-2787/ antonieta.oliv@gmail.com
Ana Kacurin: (21) 8817-3993/ anapaulakacurin@gmail.com

Assessoria de Imprensa:
Ellen Paes (21) 8724-3139

Apoiadoras na promoção e organização:
Paula Ceci Villaça: (21)8603-1925 / paulaceci78@yahoo.com.br
Renata Souto Deprá: (21) 81351139 e 22326569/ renata@espacomamifera.com.br
Roberta Calábria / (22) 9705-8813 (vivo) / contato@eccomama.com.br
Ana Cordeiro
Rebeca Bricio
Thalita Dol Essinger: (21) 94917104 / thalitadol@gmail.com

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Mãe de muitos

Gente, que coisa már linda!


Curta de animação em homenagem à obstetrícia, ganhador do prêmio Bafta (UK) de melhor curta de animação de 2010. Dirigido por Emma Lazenby, filha de parteira.