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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Primeiras fotos de grávida

Olha que marido coruja e talentoso que eu tenho! Se mais alguma mamãe quiser fazer fotos com ele, entre em contato por email aqui: Kim Derick.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Carta a meu pai: o porquê das minhas escolhas.

"Pai,

Desculpa o email tão longo! Mas fico feliz de ter finalmente terminado de escrevê-lo. Desde que conversamos no telefone sobre parto eu queria te mostrar um pouco mais sobre os porquês das minhas escolhas ou buscas, que podem parecer loucura, mas têm um significado muito importante pra mim. Não quero "convencer" você, mas quero que você participe dessa vivência, trazer você pra perto dessa história, mesmo não estando lá na hora e também que se sinta tão confiante quanto eu, a cada passo que dou. Às vezes pode parecer que eu quero ser diferente ou chocar, mas a verdade é que eu SOU uma pessoa diferente e o que eu quero não é chocar, eu só sou verdadeira comigo mesma e sigo meu coração. Eu sei que você não vai ler nem ver tudo isso agora nem de uma vez, mas queria pedir que você fosse lendo e vendo aos poucos e tentando compreender o porquê das minhas escolhas que segundo estudos, não é menos segura do que um parto normal hospitalar, é muito mais segura do que uma cesárea eletiva (sem indicação) e ainda aumenta as chances de uma experiência mais satisfatória e digna para a família, leia-se: oposto de traumático.

Com a inteligência que meus pais me deram, eu não posso fechar os olhos para algumas questões que engolimos confiando em nosso sistema de saúde, como se não fosse óbvio o absurdo. Nem minha cabeça, nem meu coração me perdoariam por permitir que eu, meu filho(a) e mesmo minha família passássemos por algumas vivências totalmente desnecessárias sabendo que (elas SIM) pudessem botar em risco um de nós. Riscos físicos com certeza, mas também psicológicos, que não são levados em conta, pois tem-se como normal uma série de coisas que NÃO SÃO. E se você se permitir olhar com meus olhos, você vai achar o mesmo. Um dia eu pensei igual a todo mundo em relação ao parto, quando não se conhece outra coisa, a gente continua achando que o que conhecemos é bom. Ainda mais numa sociedade cada vez mais globalizada e adepta da tecnologia. Só que alguma coisa me levou a conhecer um outro lado, que eu queria que você conhecesse pra entender.

Uma introdução:

Chen (2006) levanta dados curiosos sobre os partos no Brasil:

1) 79% dos partos realizados no setor privado são cesarianas. (Dados de 2004)
2) 27% dos partos realizados pelo SUS são cesarianas. (Dados de 2004)
3) A OMS recomenda que apenas 15% dos partos sejam cesáreos.
4) 77% das mulheres brasileiras entrevistadas preferem parto normal, segundo dados de entrevistas realizadas antes e depois do parto.
5) Um parto normal pode durar até 48 horas.
6) O custo do parto normal para médicos e hospitais é até 30% maior do que na cesariana, contabilizando o tempo de atenção dispensados pelas enfermeiras e equipe médica, o tempo de utilização de salas especiais para parto, etc..
7) O número de cesarianas no SUS foi reduzido no momento em que o Governo decidiu estabelecer uma cota mensal de remuneração para cesarianas. Isto é, acima de uma determinada porcentagem, a cesariana não é remunerada.
8) O número de cesarianas não diminuiu no setor privado, apesar da equiparação de remuneração dos médicos pelos dois tipos de procedimentos.
9) O Ministério da Saúde não tem o poder de interferir na saúde privada.
10) O órgão regulador que fiscaliza os planos de saúde e convênios é a ANS, que pouco pode fazer enquanto não houver denúncias.
11) Apesar da cesariana ter se tornado uma cirurgia mais segura, continua sendo uma cirurgia de amplo aspecto, com todos os riscos de uma cirurgia de amplo aspecto.
12) Os riscos de complicações posteriores a uma cesariana são 350% maiores para a mãe e, para o bebê, são 400% maiores no que se referem a problemas respiratórios.
13) Hospitais lucram na venda dos medicamentos e nas internações, especialmente internações em UTIs.
14) Hospitais e profissionais da área da saúde também têm metas de "produtividade". Internações e procedimentos desnecessários são utilizados para bater essas metas.
15) Médicos conseguem negociações mais vantajosas com os hospitais, pela quantidade de clientes internados e pela quantidade de horas utilizadas de centro cirúrgico.
16) Os hospitais cobram esta conta dos convênios. Os convênios cobram este custo desnecessário de todos os segurados.
17) O maior cliente do hospital não é o paciente, mas o médico.
18) Cesárea por conveniência médica é uma trangressão ética.
19) Em 60% dos casos de cesárea no Brasil, a razão médica apresentada não justificava o procedimento e era no mínimo duvidosa.

Abaixo, botei alguns links de vídeos. Alguns vídeos são BEM fortes. Alguns já me fizeram chorar, uns de horror, outros de alegria. Desculpe se forem impróprios, mas eu não sei de outra forma pra mostrar meu ponto de vista se não sendo realista.

Esse é o cuidado padrão com o recém nascido na maternidade quando ele nasce. Você deve ter acompanhado isso e sabe que é assim mesmo. Você, como a enorme maioria de nós, sabe que isso acontece e acha super normal. Eu não. Eu acho cruel. Penso que o bebê precisa ficar com a mãe assim que nasce, é o período de vínculo entre mãe e bebê, mas não só por isso. O bebê vem de um ambiente quentinho tranquilo lá no ventre da mãe e de repente o puxam desajeitadamente pra um lugar gelado, cheio de gente "sem rosto", com vozes estranhas, luzes fortes, muito barulho, quando ele precisa de colo, e a mãe precisa dele no peito, pois esse contato faz ela produzir ocitocina, que ajuda que ela expulse a placenta sozinha e tenha menos risco de infecção por danos na placenta advindos de tração pra retirada da mesma. O bebê precisa do calor do colo e da voz da mãe - e do pai - que ele já conhece, precisa ser acalmado, precisa conhecer o ambiente, o rosto por trás das vozes que conhece, o cheiro de sua mãe. Ao invés disso ele é arrancado de perto dos pais, pelado, pendurado pelos pés que nem um frango abatido, é analisado, furado, aspirado, medido, pesado sem nenhum pudor ou cuidado, uma coisa tão frágil e provavelmente assustada... A mãe fica lá, vazia, imobilizada. E o pai, ninguém nem pensa no pai uma hora dessa, que deveria participar ativamente. Então ele fica lá, assistindo a tudo meio perdido e assustado. O cuidado humanizado não é assim, não. O bebê não sai do colo da mãe pra ser examinado, o pai não precisa se sentir dividido entre amparar sua mulher ou acompanhar seu filho nos procedimentos e as coisas são feitas com calma e carinho, SE necessárias, na presença dos pais. Pra que você saiba (porque eu também não sabia), a injeção que eles dão no bebê (de vitamina K, pra evitar que ele tenha icterícia que é normal nos primeiros dias do bebê) pode ser dada por via oral em várias doses, depois do vínculo com a mãe estabelecido, depois do trauma do parto digerido e o nitrato de prata que aplicam nos olhinhos dele arde muito e serve como antibiótico caso a mãe tenha gonorréia (que eu não tenho). Eu não quero isso pro meu filho: El Nacimiento de Marcelo. O que mas me emociona é como o bebê fica tranquilo quando finalmente o levam pra perto da mãe. Se você acha que o bebê "esquece" por ser pequeno demais... eu tenho minhas dúvidas.

Algumas rotinas podem atrapalhar se não forem necessárias, algumas nem sempre fazem bem. Tracionar um bebê ou usar fórceps ou vácuo em um bebê que tem dificuldade de sair e começa a entrar em sofrimento, pode ser bom, mas fazer o mesmo a um bebê que vai sair sozinho, saudável e em seu tempo, pode causar sérios danos: Newborn Birth Injuries: The Untold Story.

A mulher, se deixada tranquila e segura ao invés de receber um monte de ameaças caso não se submeta a intervenções de rotina, a seu tempo consegue expulsar o bebê sozinha, naturalmente, restando à tecnologia monitorar o processo intermitentemente e se colocar num papel REALMENTE salvador CASO haja algum problema. Fazer a criança nascer mais rápido, não significa nascer melhor. Mesmo os médicos humanizados se dizem reféns dos hospitais onde trabalham quando se trata de intervenções de rotina, o que pode atrapalhar o processo do trabalho de parto em um nível emocional/psicológico. Mesmo eles encorajam a mãe à esperar até o último momento pra dar entrada em uma maternidade para que a ele caiba agir de pronto. As rotinas são pra quem tem indicação, ao invés, são feitas rotineiramente em todas as mães e bebês, sem distinção e por isso têm maior probabilidade de causar danos. Nem toda mulher precisa ter seu períneo cortado (na verdade quase nenhuma e quando precisa, na maioria das vezes, é por nervosismo e impaciência da mesma de expulsar o bebê), nem toda mulher precisa de ocitocina por não ter dilatação, o que aumenta consideravelmente a intensidade das contrações e a dor, ela pode só precisar de tempo e incentivo. Nem toda mulher precisa de uma cirurgia de médio porte pra retirar o bebê, isso é a maior causa dos números ainda altos de mortalidade materna no Brasil. Isso sem falar de procedimentos realizados nos hospitais que são degradantes e que estudos já afirmaram não ter embasamento técnico nenhum que beneficie o parto como a raspagem de pêlos para o parto normal (que pinica depois), a lavagem intestinal e enema, a manobra de Kristeller onde o médico empurra a barriga da mulher pra o bebê sair... E ainda tem a litotomia, a famosa posição em que os médicos nos colocam deitadas e com as pernas amarradas, contra a força da gravidade e em baixo do peso desconfortável da barriga, o que piora qualquer contração, para que ele possa "retirar o bebê" com mais conforto. Não é à toa que todo mundo tem terror do parto, homens e mulheres. No hospital têm-se como padrão instituído que a mulher não consegue expulsar o bebê sem uma série de "ajudas", o que vai de encontro às orientações da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde. E é essa violência aqui, eu não quero sofrer à toa e nem você deveria querer isso para sua filha, nem meu marido querer pra esposa dele: Callate y Puja.

Isso é um pouco mais parecido com o parto que eu desejo: Dia do Nascimento. Essa mulher se chama Naoli, ela é uma parteira mexicana. Eu nunca falei pro Derick nada disso que eu estou lhe escrevendo. Até porque, eu não precisei. Ele era contra, também desconhecia muita coisa, achava que uma ce´sarea era mais segura, mas confiou em mim e me acompanhou às reuniões. Leu. E acho que esse foi o vídeo que o fez concordar comigo que esse era o caminho.

Agora, eis algumas razões pelas quais eu estou buscando um caminho mais humano pra mim, pra minha família e pro meu filho. Pra começar, hoje eu recebi esse vídeo de uma estudiosa que eu já li uma tese de mestrado chamada "ciência do início da vida" e é isso que ela fala que eu estou buscando! Não é só pra ser diferente que estou escolhendo um caminho x, é uma coisa que fala muito profundo dentro de mim, uma busca por uma experiência que transcende o que se prega numa sociedade mecanizada e estéril por natureza. Espero que entenda: Maternidade Consciente por Eleanor Luzes

Esse aqui é o parto mais lindo que eu já vi: Naitre Enchanteé.

Certa vez te mandei uma Revista Online Sobre Parto. Ela falava sobre todos os tipos de parto e tirava algumas dúvidas sobre mitos e fatos. Acho legal as inforções dela, não sei se você chegou a ver.

Bem, espero que minhas escolhas pareçam menos loucas agora. Queria dizer que eu estou buscando não um parto natural a qualquer custo, mas uma equipe que seja capaz de me acompanhar com respeito e carinho, em quem eu confio para me dar forças e incentivos para vencer pensamentos e medos incutidos em mim por uma cultura insalubre de parto e realizar o que eu desejo, até onde puder ir. E também em quem eu vou confiar se em algum momento me disser que preciso de alguma intervenção ou transferência, pois sei que as razões serão verdadeiras, ao invés de pensar se o que me falam é uma desculpa para me inserir em um protocolo no qual não me encaixo por conveniência médica ou interesse financeiro, ou mesmo desconhecimento de novos estudos. E para isso, essa equipe precisa acreditar nas mesmas coisas que eu, ser a favor da vida e respeitar a fisiologia do nascimento, ser ativista mesmo. Eu quero me sentir tranquila, segura e bem cuidada, e acho que isso não é loucura.

Tem um médico obstetra francês que diz que "pra mudarmos o mundo, é preciso antes mudar a forma de nascer". E eu concordo. Se toda mulher e homem desejasse trazer um bebê ao mundo assim, o que não fariam na criação de seus filhos?

Te amo, e o seu apoio é muito importante pra mim.

Paulinha"




"AMADA filha,

Suas escolhas sempre me preocuparam, acho que a vida toda, mas nunca as achei malucas ou sem sentido. Te acho corajosa e determinada isso sim.  Se você puxar pela memória vai se lembrar que quando vocês eram pequenos, disse várias vezes para vocês “mesmo que vocês estiverem errados ou fizerem uma escolha que eu não concorde (ou conheça, como neste caso) eu vou estar sempre do lado de vocês”.
Fico imensamente grato pelas informações que você me passa, não pela informação em si, mas pelo cuidado em me orientar.
Te amo filha e escrevo isso MUITO emocionado.  Não poderia esperar nada mais gratificante do que a importância deste ato.
Gostaria muito, não só de fazer parte desta sua jornada, mas de estar do seu lado ou muito perto no Dia do Nascimento (Será que posso ?).  Sei que irei estar com o coração na mão, mas é que ele já estará prontinho para ser entregue a sua nova família.
Amo de verdade vocês 3.

P S : Vi o vídeo da ultra e ainda acho a cara do avô."

Ultra 12 semanas do Minduim

Meu filhotinho com 12 semaninhas já mexe muito, a ultra teve que ser filmada em câmera pois o Lab´s D´Or da Saez Pena não tem a tecnologia para passar para DVD, mas o melhor é que dá pra ouvir as explicações e comentários da médica. E também o dos pais e tia babões! Foi uma delícia, ainda mais porque está tudo bem!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Foto d@ noss@ filhinh@ com 12 semanas!

Que emoção foi ver @ noss@ bebê lá, se mexendo, tod@ ativ@, bem de saúde, parecendo feliz, brincando de pular no meu ventre... Tem dias que eu penso que a ficha ainda não caiu, embora tenha caído sim e batido com força! É que parece que algumas coisas nos pegam de surpresa e nos deixam num estado que parece suspenso no tempo e espaço, longe do mundo... Esse bebê já tem nariz, boquinha, mãozinha, barrigão, bum bum, pescoço... e só 5,67cm. Eu to estupefata de amor e vida...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Parto domiciliar

Quando você ouve falar em parto domiciliar, pensa numa casinha simples do interior com uma senhorinha agachada entre as pernas de uma mulher gritando "mais pano!" e "mais água quente!" e escutando o bebê com um objeto que parece um funilzinho? Bem, é uma realidade que ainda existe, e que eu acho bem bonita se compararmos com os partos violentos que acontecem todos os dias e que costumamos conceber como "normais". Mesmo os partos normais hoje em dia são tudo, menos normais. A mulher apavorada, muitas vezes desprovida da presença de seu acompanhante, morrendo de dor por medo e terror, médicos apressados e barulhentos, que não se preocupam com o lado emocional e psicológico de se dar à luz, instalando o horror de possibilidades remotas ameaçando a saúde da mulher e seu filho se ela não se submeter a procedimentos que ele alega serem essenciais e muitas vezes não são como cortes do períneo, infusões venosas, hormônios para acelerar o parto, procedimentos que tiram sua dignidade como lavagem intestinal, raspagem de pelos que incomodam muito depois, sem falar no jejum, nas luzes fortes, na posição horizontal sem ajuda da gravidade, de pernas amarradas nos estribos, de ter seu filho retirado de você e levado para sofrer outros tantos procedimentos antes mesmo de sentir direito o cheiro do seio da mãe, nos tornamos hospedeiras que cumpriram sua função, de onde o bebê deve ser removido e achamos isso "normal". Normal é estar tranquila, segura, poder andar, se alimentar, ficar na posição que achar mais confortável, dar tempo ao tempo para seu corpo trabalhar, e expulsar seu filho naturalmente para o mundo, com a força que seu corpo lhe obriga a fazer sozinho sem que ninguém precise gritar "faz força de cocô!" ou qualquer coisa semelhante, segurar seu filho nos braços depois de 9 meses de espera e amamentá-lo enquanto aguarda pacientemente sua placenta se apresentar inteira e íntegra anunciando que a nova fase da sua vida começou. Depois dessa, a imagem de uma mulher deitada em sua cama e uma senhorinha com o funilzinho, panos e água quente lhe ajudando não parece tão assustadora, não é? Pois pra mim parece ideal. Só que hoje em dia não é preciso parir no interior pra "voltar às origens", as parteiras urbanas crescem em número. Hoje elas são em sua maioria enfermeiras obstétricas, que unem seu estudo e técnicas à experiência passada de mãe pra filha há inúmeras gerações no interior pela tradição das parteiras e assim, ajudam muitas mães a terem um parto digno, em seus domicílios com toda segurança e tranquilidade, longe dos fantasmas intervencionistas. Mas não é tão fácil. O número de parteiras ainda é pequeno se comparado ao número de obstetras cesaristas mecanizados ou que se dizem vaginalistas, mas não concebem se desvencilhar de tantos procedimentos, posturas desumanas e condutas que cirurgicalizam  até mesmo o parto chamado normal. Em alguns municípios, elas nem existem. Em geral, parir em casa requer que a gravidez seja de baixo risco (bebê bem posicionado, mãe e bebê saudáveis) e conta com alguns equipamentos por segurança, mas que muito provavelmente não serão utilizados, salvo em necessidade real. Planos alternativos para o caso de intercorrências também são traçados previamente, um médico fica de sobreaviso, escolhe-se um hospital/maternidade para onde correr se necessário. E com tudo isso, as possibilidades de que tudo corra bem, aumentam, pois a mãe conta com uma equipe humana, que vai estar atenta às suas necessidades e tranquilizando-a. A doula desempenha um papel fundamental, ela é o "anjinho" que vai sussurrar no ouvido da mãe nos momentos em que a tensão dessa cultura de parto em que fomos criadas interfere. É ela que vai fazer massagens, colocar você na água morninha, sugerir posições confortáveis e estar presente o tempo todo te dando forças. É um personagem lindo e essencial no cenário do parto.

Estou muito feliz pois fiz contato com a Equipe Parto Ecológico e vou me encontrar com minha possível parteira em breve, a Heloísa Lessa!!! Nosso encontro era hoje, mas ela havia me avisado que tinha uma mãe quase parindo e o trabalho de parto realmente começou, tivemos que adiar. Mas foi por uma ótima causa, que corra tudo bem no parto dessa mamãe e bebê. Adicionei o link do site da equipe no blog, pois amei saber que esse tipo de equipe existe: http://equipepartoecologico.blogspot.com/ Espero muitos frutos desse contato! Quero parir em casa, tranquilamente, no meu ambiente, sem pressa, sem medo e receber meu bebê numa sala escurinha, com musiquinha boa, pessoas queridas por perto...


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Lei do Acompanhante

"Denuncie o descumprimento da Lei do Acompanhante no Parto

Consideramos como descumprimento se houve:

• impedimento da entrada do acompanhante escolhido pela gestante

• restrição quanto à escolha do acompanhante
só poderia entrar se fosse mulher
só poderia entrar se fosse o pai

• restrição quanto ao tempo
só poderia ter acompanhante no pós-parto
só poderia ter acompanhante no pré-parto
só poderia ter acompanhante no parto
só poderia ter acompanhante se fosse parto normal
só poderia ter acompanhante se fosse cesariana
só poderia ter acompanhante durante o horário de visitas
só poderia ter acompanhante durante um período do dia

• cobrança de taxa
cobrança de taxa para a entrada do acompanhante
cobrança de taxa para a roupa esterilizada
cobrança de taxa para a permanência do acompanhante
cobrança de taxa para o acompanhante pernoitar
cobrança de taxa para as refeições do acompanhante

Toda mulher tem direito à presença de um acompanhante de sua livre escolha no pré-parto, parto e pós-parto imediato.


Se o hospital em que você foi atendida descumpre a lei, denuncie.
Desta forma, estamos tentando garantir que outras mulheres não precisem ficar sozinhas em um momento tão importante de suas vidas.

As denúncias podem ser realizadas em modo online, através dos sites da ANS, da ANVISA e dos Ministérios Públicos. Orientamos para que a denúncia seja feita nesses três órgãos.

COMO PROCEDER?

1) Denuncie no site da ANVISA alegando descumprimento da RDC 36 de 2008. Mais informações sobre como preencher, Clique Aqui.

ANVISA:
http://www.blogger.com/out/out.php?url=http://www1.anvisa.gov.br/ouvidoria/CadastroProcedimentoInternetACT.do?metodo=inicia

2) Denuncie no site da ANS alegando descumprimento da RN 211 de 2010, se seu atendimento foi através do seu Plano de Saúde.

ANS:
http://www.blogger.com/out/out.php?url=http://www.ans.gov.br/portal/site/faleconosco/faleconosco.asp

3) Denuncie no Ministério Público alegando descumprimento da Lei nº 11.108, de acordo com a sua região." (Ver no site os links correspondentes)"

Fonte: Parto do Princípio

Conheça: Lei do Acompanhante.

Recomendações da Organização Mundial da Saúde no atendimento ao parto normal

Muito se fala sobre as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o parto normal e como elas são desavergonhadamente desrespeitadas aqui no Brasil no meio dos defensores do parto natural. Entretanto, muitos ainda vivem no limbo da ignorância, acreditando no discurso médico que desrespeita um órgão soberano a eles como a OMS sem nenhum pudor.

Vou elucidar com alguns exemplos: a OMS diz que apenas 15% dos partos devem ter indicação de cesárea por complicações ou risco. No Brasil, esse número tem chegado a mais de 80% na rede privada e a 40% na rede pública. O que acontece é que os médicos indicam a cesárea eletivamente, quando não, dão uma desculpa esfarrapada para se levar a mulher para a mesa de cirurgia, que quase sempre não seriam indicações de cesárea, como circulares de cordão umbilical, pouco líquido, placenta envelhecida... Segundo a OMS, a cesárea eletiva aumenta o risco do parto e a taxa de mortalidade materna e fetal. Estas e muitas outras recomendações são desrespeitadas, como é o caso das recomendações quanto à episiotomia, enema/lavagem intestinal, tricotomia, jejum, infusão intravenosa que nos são feitos eletivamente sem que haja uma razão, contra o que reza a OMS.

Saiba disso, e procure saber mais. Você pode conhecer as Recomendações da Organização Mundial da Saúde no atendimento ao parto normal AQUI

O nascimento da neta de Ana Maria Braga

Gente, só pra compartilhar, pois eu acho que quando uma pessoa com certa influência, conta na mídia sua experiência com parto natural, é um ponto pra gente! E o coro vai engrossando. A luta pelo direito de nascer com dignidade é uma luta que só serpa vencida no dia que mais e mais mães não se confromarem com a cultura do nascimento do Brasil e demandarem um parto humanizado, forçando os médicos a procurarem o que é isso, e seus benefícios, verem que se nao se adequarem, terão cada vez menos pacientes. Leia um breve relato sobre o Parto de Joana, filha de Mariana e neta de Ana Maria Braga, nascida em casa, que foi recentemente publidado no site da Ana Maria Braga, no portal da Globo. Parabéns, Mariana e Joana!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Parto Natural de Gêmeos

Que coisa linda! Acho que eu devia postar mais links para vídeos de parto. A indicação desse me chegou via lista do Ishtar e são do blog Parir é Natural. Segundo a autora do blog "São cenas de um parto natural, provavelmente na França, na década de 60. Trata-se de uma gestação gemelar (gêmeos), com o segundo bebê nascendo em apresentação pélvica (sentado). A família toda está em volta da mulher parindo, inclusive uma criança pequena, provavelmente irmãzinha mais velha dos bebês. A tranquilidade da parturiente e da equipe são impressionantes!! Curtam!"

Não precisava dizer mais nada, a não ser comentar que essa criança vai crescer para achar que parir é a coisa mais natural do mundo, que não tem mistérios e que todo mundo é capaz. Nada de terror psicológico de que é insuportavelmente dolorido, de que intervenções são sempre necessárias e ninguém consegue parir sem elas, de que "estraga" a vagina da mulher. Simplesmente, é lindo. E cultura é isso, pode nos levar a acreditar em nós mesmos ou nos levar às besteiras mais absordas, e com aval médico.

Vejam o vídeo aqui: Parto natural de gêmeos

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Bebês de salto alto

Falando em salto alto, recebi da lista de discussão do Ishtar essa novidade muito engraçada: salto alto para bebês:
Vai ter gente caindo de pau em cima dessa invenção, mas é de espuminha e eu achei uma brincadeira muito engraçadinha. Para bebês que não andam, de colo, é fofo, vai... Depois que bichinho começa a andar, mesmo que o saltinho seja de espuma, é cruel, pois atrapalha. Mas até lá dá pra tirar uma onda de bebê perua!

Gravidez e salto alto

Estamos em um tempo onde as mulheres não abandonam o salto alto jamais. Eu mesma estou usando um saltinho de 5cm agorinha mesmo. Olha aí:


Acredito que a maioria pense que o maior mal que o salto pode oferecer é ocasionar varizes. Então, se você não tem varizes, pode usar a vontade! Não é bem assim. O uso constante do salto pode sim prejudicar o retorno venoso e com o tempo, aumentar a probabilidade de varizes, e isso não acontece só com grávidas. Com as grávidas essa possibilidade aumenta porque a grávida tem um volume sanguíneo muito maior do que tem quando não estava grávida. O sangue da mulher pode aumentar em média 1,5 litros (!) durante a gravidez. E grande parte desse processo ocorre no primeiro trimestre quando a gente ainda não sente as malditas varizes. OK. Se eu não tenho isso, posso usar salto. Aí é que tá: não deve. Mesmo com isso, o salto ainda deve ser evitado. E a grande razão é um hormônio chamado relaxina, que provoca um amolecimento das articulações e das suas cápsulas articulares, facilitando que a estrutura óssea da mulher tenha flexibilidade para se rearrumar para as modificações físicas da gravidez e, principalmente, para o parto. Só que esse hormênio afeta as articulações dos tornozelos também, e o salto causa uma certa instabilidade, que faz com que a mulher recorra mais à estabilidade articular e muscular para se equilibrar. Se ela falha, rola um entorse ou pior: uma queda, que pode levar ao descolamento da placenta, parto prematuro e... a gente já sabe, né? Então, mesmo que a gente não tenha varizes e não sinta nada, o salto ainda é vilão; quando você menos esperar: tóim! Aconteceu. Mas não é só! No final da gravidez o centro de gravidade da mulher muda, sua postura idem e o salto pode fazer um mal para a coluna incrível, aumentando a lordose e a possibilidade de lombalgia, que já acontece naturalmente.
Bem, um saltinho bem estável e baixinho de vez em quando não mata, e faz a gente se sentir sexy de vez em quando no meio de tanta mudança assustadora no nosso corpo, mas sejamos sensatas e respeitemos nossa fisiologia.